Despacho n.º 3194/2022 : transferência de competências para os municípios,no domínio da saúde

O Despacho n.º 3194/2022 :Define orientações no âmbito da transferência de competências para os municípios, freguesias e entidades intermunicipais, no domínio da saúde

A reter do despacho :

“De acordo com o n.º 1 do artigo 18.º do citado Decreto-Lei n.º 23/2019, de 30 de janeiro, na sua redação atual, «Os trabalhadores com vínculo de emprego público dos mapas de pessoal das Administrações Regionais de Saúde […], da carreira geral de assistente operacional, que exerçam funções nas unidades funcionais dos ACES e das Divisões de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências das Administrações Regionais de Saúde, que integram o SNS, transitam para os mapas de pessoal das câmaras municipais da localização geográfica respetiva.».”

“No prazo de 90 dias após a publicação da lista nominativa atrás referida, devem os processos individuais dos trabalhadores ser entregues pelo serviço de origem nos serviços da Câmara Municipal de destino.”

Fonte : https://dre.pt/dre/detalhe/despacho/3194-2022-180473847

Agora até há Cursos de Administração de Injectáveis ??

Os enfermeiros têm direito ao exercício da sua profissão na sua plenitude. No entanto todos os dias somos presenteados com ataques à profissão, ataques à Enfermagem.

Prova disso é esta Publicidade encontrada no :

Assim a manter-se  esta política de Saúde em Portugala Enfermagem não é para ser praticada por enfermeiros, mas antes por farmacêuticos, por médicos, por bombeiros, por fisioterapeutas e até por professores de educação física.”
 
Esperamos que os enfermeiros estejam atentos e denunciem estas situações. Mais uma vez deixamos os nosso email (cogitareemsaude@gmail.com ) para que possamos neste blog divulgar estes atropelos.  

Esta política de sequestro do nosso campo de actuação, surge porque a Saúde está prisioneira de lobbies  médicos e farmaceuticos,  havendo como  consequência  uma atrofia na concorrência e na qualidade no mercado interno em saúde.

Consulta Pública – Organização interna e governação dos hospitais

O Programa do XVIII Governo Constitucional definiu como prioridade desta legislatura a reforma da organização interna dos Hospitais.    

Aos Enfermeiros, Médicos e outros profissionais de saúde  este blog apela a que, no exercício da nossa responsabilidade profissional e cívica, todos possamos dar os nossos contributos nos termos em que esta consulta pública se processa, até ao próximo dia 15 de Setembro de 2010. 

Participem na consulta pública, dando aqui o seu contributo.

 Informamos que em discussão estão temas como :

  • Política de reconhecimento. Atribuição de incentivos
  • A missão de um Hospital
  • Governação dos Hospitais
    • Governação Clínica
    • Estruturas de gestão intermédia
    • Segurança dos doentes e dos profissionais
    • Risco Clínico – “Erro em Medicina”.
  • Formação e  Investigação.

Para o efeito, deverão aceder a informação complementar em:  

Reportagens JN sobre os Enfermeiros no Centro de Saúde

Foi com agrado que lemos  no JN deste Domingo estas duas reportagens :

Fiquem com as frases mais marcantes da reportagem :
 
“Visitam os doentes em casa e tratam todo o tipo de problemas dos utentes e dos cuidadores.Para os que estão mais isolados, são muito mais do que prestadores de cuidados de saúde

Apenas 6800 dos 40 mil enfermeiros portugueses trabalham em centros de saúde. É lá que fazem um dos serviços menos visíveis e mais próximos dos doentes. Histórias de enfermeiros ao domicílio que são psicólogos, assistentes sociais, podólogos, amigos e muito mais.

“Somos um pouco de tudo. Até já servi de electricista para ajudar a ligar uns cabos. A parte de enfermagem é muito importante, sem dúvida, mas a componente humana é que faz a diferença”, considera Paulo Cunha, 33 anos, 12 de enfermagem, os últimos quatro nos cuidados de saúde primários. Actualmente colocado na Unidade de Saúde Familiar (USF) de Villa Longa, Vialonga (Vila Franca de Xira), onde está a ser criada uma Unidade de Cuidados à Comunidade, está afecto à visitação domiciliária.

foto jOSÉ mOTA/gLOBAL iMAGENS

Enfermeiros todo-o-terreno

 

 Num dia normal de trabalho, faz entre 22 e 28 visitas a doentes com os mais diversos problemas. “Cerca de 90% dos nossos utentes têm mais de 65 anos e as complicações associadas à idade: úlceras varicosas, ou seja, feridas devido a má circulação, e pés diabéticos, mas também existem muitos acamados e dependentes.

O grande número de casos que tem para atender é a maior dificuldade com que este enfermeiro se depara: Gosto de dar toda a minha disponibilidade às pessoas, conversar com elas, saber como vai a vida, porque tudo influencia o estado de saúde, e com este volume de trabalho, é difícil”.

Assistência 365 dias por ano

Não são poucas as vezes que o Enfermeiro João Barbadães Pereira e os seus colegas da Equipa de Cuidados Continuados Integrados do Centro de Saúde n.º 1 de Chaves fazem quase duas horas de viagem para visitar os doentes que seguem, todos os dias do ano, incluindo fins-de-semana e feriados. “Recentemente, acompanhei uma senhora, durante um ano, duas vezes por dia, duas horas de cada vez. Estabelece-se uma relação de grande proximidade. Quando algum dos nossos utentes parte, é como se fosse um familiar”, diz João Pereira.

“Psicólogos” da família

“No domicílio, criam-se laços afectivos que não se fazem no hospital. Somos o amigo a quem podem recorrer quando têm problemas, não só de saúde, mas de todo o género. Os idosos estão cada vez mais sozinhos e desprotegidos”, conta o Enfermeiro Bruno Azevedo, da USF de S. Simão da Junqueira, em Vila do Conde. “Sabem quando vamos e estão à nossa espera para conversar um bocadinho. Somos um pouco psicólogos, tanto dos doentes como das famílias”, acrescenta este profissional, que faz as visitas de táxi porque a USF não tem meios para comprar mais uma viatura.

Um dos pontos mais importantes para João Pereira é apoiar as famílias. “É fundamental que os cuidadores sintam que não estão sozinhos. O meu lema é chegar sempre com um sorriso e, ao despedir-me, ver sempre um sorriso na cara de quem fica.”

A ansiedade de não saber amamentar

Ana Isabel Melo tinha tido a Verónica há quatro dias quando foi visitada pela Enfermeira Cláudia Pires, do Centro de Saúde n.º 1 de Chaves. O apoio à amamentação e o teste do pezinho são as prioridades da primeira visita de um enfermeiro especialista em saúde materna.

Para esta cabeleireira de 34 anos e para o marido – pais pela primeira vez -, tudo é novidade e assustador. “Mas, quando os temos nos braços, é mais fácil do que imaginávamos”, confessa. Ainda assim, as dúvidas são muitas.

O receio de não saber cuidar, a ansiedade perante o choro e as dúvidas quanto à amamentação são as principais dificuldades das mães“, explica a enfermeira que já acompanhou centenas de mulheres durante a gravidez e depois do parto. O despiste de problemas de vinculação entre a mãe e o bebé e de depressão pós-parto são outras mais-valias do acompanhamento precoce.

As visitas a puérperas e recém-nascidos são apenas uma parte do trabalho ao domicílio daquele centro de saúde. À Equipa de Cuidados Continuados Integrados calham as situações mais complexas: doentes oncológicos, grandes dependentes, com múltiplas lesões, que precisam de cuidados 365 dias por ano.

“Temos formação para lidar com os aspectos técnicos, mas a parte emocional é a mais difícil. Há muitas situações de pobreza, solidão e doença sem resposta”, resume João Barbadães Pereira.(FONTE : JN     Artigo 2 JN)

Os enfermeiros no pré-hospitalar e os problemas do INEM.

Se a imagem anterior retrata bem o futuro para os utentes que dependem do INEM, também é certo que o vídeo em baixo descreve ainda melhor todo o processo politico envolvido na decisão economicista de retirar os Enfermeiros do CODU.

Tal como  outros blogs  pedíamos a quem nos lê que divulgue este Vídeo para que se revele o mal instalado no INEM, antes que os utentes paguem bem caro, erros estratégicos.

Vídeo -Os enfermeiros no pré-hospitalar e os problemas do INEM.


Fonte do Vídeo : Alojado no Youtube por pedrojosesilva

Ponto de Situação :Carreira de Enfermagem

O sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) convocou uma greve destes profissionais a partir da meia-noite de dia 18 e durante 24 horas, paralisação que vai coincidir com a manifestação nacional, marcada para as 15 horas à frente do Ministério da Saúde.
Os Enfermeiros chegam a esta fase da Negociação da sua Carreira, revoltados, impõe-se a pergunta: E agora? O que fazer?

Ficam aqui algumas  explicações  sobre a Greve de dia 18 e o estado da negociação da carreira de Enfermagem.

Ouçam em baixo ou AQUI as palavras do Enfermeiro José Carlos Martins

 Qual o caminho a Seguir ? Opinem após escutarem as palavras do Enfermeiro José Carlos Martins – Vídeo 2

 

Acrescentamos ainda que a máquina publicitaria do Estado continua a funcionar pois os media não se cansam de publicitar a informação que “o Estado vai gastar seis milhões de euros no próximo triénio (2011-2013) com os Enfermeiros“.

Só se esquecem de escrever o quanto o Estado poupou ao longo destes 10 anos em que a carreira de Enfermagem não foi negociada.  Mais uma vez as contas são fáceis de se fazer :

Meses : 120 – Equivalente aos 10 anos de espera por uma nova carreira

180 Euros : Valor que   a Ministra decidiu unilateralmente ( 1200 euros por mês em vez de 1020 actuais em inicio de carreira)

Façam-se as contas :

120 Meses  X 180 Euros = 21.600 Euros

( Por Enfermeiro, fora suplementos nocturnos, etc)

Ministério Encerra Negociações … Greve Suspensa por 3 dias

A CNESE acaba de suspendera Greve Geral dos Enfermeiros nos dias 15, 16 e 17. Mantém-se apenas a greve e a manifestação do dia 18 de Junho.
 
 Mantém-se porém a greve marcada para sexta feira, assim como a “manifestação nacional” já convocada para o mesmo dia, disse o coordenador do sindicato José Carlos Martins.
 
Aguardamos com alguma ansiedade os comunicados dos Sindicatos a explicarem o que se passou na Reunião 
 
Resumindo a Reunião terminou às 20h e 20m e o Ministério da Saúde ENCERROU as Negociações, MESMO NÃO Havendo acordo.

Críticas à OMS sobre a gestão da pandemia de gripe A…

No ano passado, quando a “pandemia” da chamada gripe A atacava o mundo, publicamos aqui alguns posts falando sobre o assunto e questionando se essa ´pandemia  não estava a ser  usada com interesses lucrativos.
 
Questionar a pandemia, no ano passado e sendo profissional de saúde dava lugar a críticas de todos os quadrantes.  Para já não falar na recusa de cerca de 200 enfermeiros que trabalhavam na Linha Saúde 24, em Lisboa, não queriam ser  vacinados contra a gripe A e que motivou uma autêntica caça às Bruxas.
 
Ora na semana passada, os media  Nacionais divulgavam que a Organização Mundial de Saúde-OMS admitiu falhas no alerta sobre a gripe A.

Acrescentamos ainda que o Conselho da Europa fez sérias críticas ao comportamento da Organização Mundial de Saúde por causa da pandemia de Gripe A.

Segundo um relatório há  suspeitas de que a indústria farmacêutica pode ter influenciado este organismo da ONU e contesta a forma como foram desperdiçados dinheiros públicos e causados receios injustificados.

Três laboratórios terão ganho com a vacina contra a pandemia entre 9 a 10 mil milhões dólares em 2009.

Apesar das críticas, a OMS mantém o alerta em relação a esta doença.A Gripe A fez cerca de 18 mil mortos em todo o mundo desde Abril de 2009.

Fiquemos à espera dos responsáveis e da conclusão deste capítulo !

29 de Maio: Manifestação Nacional em Lisboa com a presença forte de Enfermeiros

Hoje, dia 29 de Maio, pelas 15H00, a CGTP-IN leva a efeito uma Grande Manifestação Nacional, contra o desemprego pelo emprego com direitos, melhores salários para todos – Novo Rumo com a Luta de quem Trabalha.

Os enfermeiros, os professores e  os jovens já se têm manifestado em muitas ocasiões contra este programa de Estabilidade e Crescimento, contra estas alianças, contra esta política”, por isso vão participar  participação nesta manifestação nacional convocada pela CGTP.

  • Congelamento das Admissões … de Enfermeiros e Médicos?
  •  Corte nas Horas Extraordinárias … dos Enfermeiros e Médicos quando esles são necessários?
  • POR UMA CARREIRA JUSTA!
  •  CONTRATOS DE TRABALHO DIGNOS!
  •  CONTRA AS RESTRIÇÕES IMPOSTAS SÓ PARA ALGUNS!
  •  PORQUE É NECESSÁRIO QUE A ENFERMAGEM SEJA EFECTIVAMENTE DIGNIFICADA

O trabalho por turnos leva a que muitos enfermeiros não possam comparecer ( nós somos disso exemplo), sendo que a greve  e a Manifestação Nacional de Enfermeiros que que se avizinha também condiciona, mas estamos a profissão estará bem representada .

Saúde sem horas extras… Médicos e Enfermeiros contestam medida

Em bom português  os Sindicatos dos médicos e dos enfermeiros aplaudem o objectivo de redução das despesas, mas avisam que cortar nas horas extraordinárias pode pôr em causa a qualidade assistencial.

O Sindicato dos Médicos refere :

  •  “a redução do défice no Sistema Nacional de Saúde se consegue com políticas mais eficientes de aquisição de equipamentos, serviços e medicamentos e não cortando no trabalho extraordinário. Até porque “a maioria das horas extras dos médicos” é realizada nas urgências”.

O Sindicatos dos Enfermeiros Portugueses alerta para :

  • “Guadalupe Simões, vice-coordenadora do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, a medida seria positiva se significasse a contratação de mais profissionais de enfermagem. Na prática, “quase todos” os hospitais já não pagam horas extraordinárias, socorrendo-se de medidas de “gestão ao dia”,impondo alterações de turnos e de folgas para cobrir as necessidades. “Cada enfermeiro faz o trabalho de dois“, denuncia.” ( Fonte JN)

Feitas as contas, o Ministério da Saúde (MS)gastou, no ano passado, cerca de 345 milhões de euros no pagamento de horas extraordinárias aos profissionais. Segundo fonte do MS, desses, 260 milhões ficaram por conta dos hospitais transformados em entidades públicas empresariais (EPE),o que dá para pensar!

Em suma esta medida que é apresentada numa altura em que as medidas de austeridade travaram a entrada de gente na função pública, poderá implicar a necessidade de pedir mais trabalho aos actuais profissionais..